quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Vida: Eterna Metamorfose




Tudo é questão de idade, fases, momentos. Simples explicar, quer apostar? Veja bem, você que tem 25 anos se envolve com uma pessoa da mesma forma que quando tinha 15? 
Tudo muda. Estamos em eterna metamorfose.
O que você pensava há dez anos já não é a mesma coisa e, quando você se lembra, com certeza solta gostosas gargalhadas.
Hoje, ao subir uma "pequenina" ladeira na cidade em que trabalho, pus-me a pensar nisto. E óbvio que todo pensamento tem um fundamento, vem de uma lembrança.
Há nove anos, quando eu morava em Vitória, no ES, ficava mais do que ansiosa ao ouvir meu pai dizer: _Nós vamos para casa da sua avó!
São José do Calçado era igual ver gente nova, ir à praça andar, ter a bendita liberdade (coisa que não tinha na capital)
Todavia, atualmente eu moro a 17 km da "cidade maravilhosa aos 15", trabalho durante a semana no tal lugar, e simplesmente não vejo aquela graça em que meu olhar inocente via.
Acabou o encanto. Agora conto os segundos para ir para casa. Se é bom ou ruim, não sei. A maturidade ajuda, os interesses mudam e a vida nos surpreende sempre.
Ontem eu cultivava amor platônico. Hoje, amor real;
Ontem eu tinha tempo disponível. Hoje mal vejo o tempo passar;
Ontem eu praticava esportes. Hoje eu pratico o esporte de subir e descer as escadas da escola que leciono.
Ontem eu tinha sonhos impossíveis. Hoje não consigo sonhar, vivo do real.


Seria uma professora de Português e Inglês chata, mal-amada?


Não. Diria que um ser em grande transformação e conflito.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

AQUELE olhar (Breve visão de uma capricorniana)





Uma vez li que capricornianos, depois de uma decepção, dão a volta por cima com muita habilidade. Mentira.
Ei, nós também sentimos. Somos seres humanos dotados de sensibilidade. E o pessimismo é a nossa ARTE. Realmente nos reerguemos com facilidade, MAS isto só acontece depois de uma fossa daquelas em que nem trinta quilos de chocolate com COCA COLA trincando resolveria.
O nosso pessimismo é tão intrínseco e intenso que acontece de pronunciarmos palavras inúteis, que nos jogam para o fundo do poço DO POÇO.
Eu sou assim. E sendo capricorniana...Piora o caso!
Enfim....Na verdade, este texto não é para discorrer necessariamente do quanto sou pessimista e capricorniana.
A sociedade é intensamente cruel e nos cobra duramente. Quer ver?
Se você não namora: _E aí, tá namorando?
Se você namora: _ Quando sai o casório, hein?
Se você casa:_ E os filhos?
Se você tem emprego:_Ah, mas você ganha muito pouco né? Que pesadelo ser professor!
Se você não tem emprego: _Nossa, já formou e não conseguiu um emprego ainda??!!
E sabe o que mais me assusta? É que me sinto IMENSAMENTE cobrada. Se palavras como essas são proferidas a mim, pode ter certeza que meu dia está MEIO acabado. É de mim. É de capricornianos ambiciosos e extremamente responsáveis este aspecto de cobrança.
Digo MEIO, porque nada mais acaba com um dia do que o olhar de decepção dos meus pais quando lhes comunico sobre a eliminação de um concurso.
Não há gritos, cobranças do tipo: "Nossa filha, você já concluiu o curso né??!!"Não há absolutamente nada disso. Apenas um olhar, mas AQUELE olhar. Aquele que fere o âmago do coração; distorce todos os seus sentimentos; estraçalha e estrangula você interiormente; te deixa sem saber onde pisar, com uma vontade louca de gritar.
Tento me reconstituir durantes alguns dias e lembro-me que o fundo do poço ( da tristeza, claro ) sempre há uma mola ( daquelas enormes, que nos impulsionam para cima com toda a força ). E não é só para capricornianos.

domingo, 2 de outubro de 2011

Moda?Pra que te quero?





Como uma boa professora de Língua Portuguesa, sou assinante de três revistas: Época, Galileu e Marie Claire (olha o merchandising). Contudo, como uma mulher melhor ainda, a que mais me identifico é a Marie Claire.
Estava me distraindo neste domingo quente com algumas reportagens da revista e fiquei numa empolgação absurda ao ver uma dieta cujo nome é Detox e promete perder 7 quilos em 21 dias.
Pensei comigo: "Deus, é a minha hora!". Devorei as frases, sem ao menos me interessar pelo que causava no organismo, causas, consequências, entre outros. A minha ansiedade era ver o que levava e que milagre seria esse. Ao ler a dieta, o desânimo consumiu meu corpo, minha mente, e esqueci a ideia. Por quê?
A dieta é feita por artistas nos EUA, e não foi divulgada em total ainda. Portanto, se você quiser adquiri-la, é necessário pagar o valor MÍNIMO de 495 dólares. DÓLARES, tá??? Multiplica esse valorzinho aí então.
A única coisa que divulgaram da dieta é um tal shake que leva abacate, linhaça e um monte de coisa natureba. 
Continuei folheando a revista, na ânsia de encontrar algo que levantasse minha auto estima em pleno domingão. Encontrei! Achei uma mulher vestida de branco, e a revista divulgando que o branco seria a cor da estação.
Nunca entendi essa de "cor da estação". Na verdade, acredito fielmente que cores a gente que faz, moda a gente que cria. E se eu quiser usar vermelho?? As patricinhas diriam: Não!!Jamais!!Porque branco é a cor da estação.
Sabe o que fiz? Fechei imediatamente a revista e abri a Época.


Melhor está bem noticiada do que acontece no mundo do que ficar informada de moda, dietas, técnicas para emagrecer totalmente incompatíveis com a realidade da verdadeira mulher brasileira.

domingo, 18 de setembro de 2011

" Se tu me amas, ama-me baixinho..."



Estava lendo alguns fragmentos do saudoso Mário Quintana na internet, e encantei-me particularmente com um. Seria este:


BILHETE
"Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda..."



É inevitável não refletir sobre palavras tão profundas e reais. Quem nunca se pegou num início de namoro, onde tudo são flores, no auge da empolgação, querendo gritar ao mundo este amor avassalador?
Há algumas décadas, isto era feito por meio de cartas, gestos reais, intensos, havia toque, olhar.
Atualmente, esta loucura TEM E DEVE ser exposta aos gritos, aos berros, com palavras gigantescas, em orkut e facebook, no intuito de demonstrar a todos a felicidade contida dentro do peito.
Meses depois, acaba-se a empolgação, o namoro termina, tudo vai por água abaixo, e seu orkut fica no mínimo sem graça para os outros. Não tem novidade!
Sou a favor do toque, do olhar, do beijo intenso, da troca de gestos diária, do sorriso REAL e não VIRTUAL do ser amado. Demonstrar que está feliz, muito bem, obrigada, vale, claro, mas "baixinho", "devagarinho".


Sabe aquele ditado de que "a inveja tem sono leve"? Ele existe, e está presente nitidamente em nosso cotidiano.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Chuva, chuva, como te adoro!



Dizem que para escrever é necessária uma imensa força que salta do peito, clamando por uma caneta, papel e, é claro, uma inspiração.
Eu não tinha nenhuma até horas atrás, todavia a chuva fina que recai sobre a cidade em que resido tornou-se minha fonte de ideias.
Observo pela janela o cair dos pingos tão mansos, suaves, serenos, delicados. Estes que todos pediam durante meses de "secura" chegaram.
Esperava uma chegada bruta, com direito à trovões, relâmpagos e rajadas de vento, como se fosse um: "Ei, quanto tempo né?"
Contanto, a chuva desceu como um sorriso de uma criança, um nascer do sol. Quando vimos, já estava lá, molhando plantações e acabando com a poeira infinda.
Isto me remete à vida. No momento em que analisamos ser a pior situação, em vez de nos apavorarmos e encararmos o instante brutalmente, sorria! Sejamos mansos, humildes e tranquilos, assim como a chuva que veio para lavar nossas terras e almas.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Artistas autodestrutivos





"They tried to make me go to rehab
But I said 'no, no, no'
Yes, I've been black, but when I come back
You'll know-know-know"
(Amy Winehouse)

Que todo mundo é dono de sua própria vida todos sabemos. Todavia, quando esta vida concedida pelo criador torna-se um LIXO para alguns gera músicas como esta acima, e mortes como a de Amy.
Amy pode ser considerada uma artista autodestrutiva, assim como Marilyn Monroe, Elvis Presley, Janis Joplin, etc, etc, etc. 
Simples explicar o autodestrutivo: Cria-se um estereótipo (porque a sociedade é feita disto) de que artista de pop deve se drogar, beber, enlouquecer, ousar, fazer e acontecer. E é feito!
Fatos como a morte da cantora de Rehab acontece todos os dias, em qualquer favela, em qualquer cidade, com qualquer cidadão. Tornou-se comum!
O que não é inteligível é o fato da imprensa exaltar tal fato de forma tão intensa a ponto de colocar aquela que cuspiu na direção de fãs brasileiros (o que a Globo não mostra) como DEUSA, RAINHA DO POP.
Espera aí...Não é porque morreu que deve ser embalsamada. E as suas atitudes?Ela fez algo pra sociedade?Ajudou alguém?
Não!Ela SE MATOU! De tanta droga, tanta bebida.
E que fique claro para todos os brasileiros, norte-americanos, ingleses que o fim é este. Cruel, mas é.


segunda-feira, 11 de julho de 2011

Preconceito: o mal da nossa sociedade



O vocábulo preconceito tem como significado uma opinião ou conceito formados por antecipação, geralmente com precipitação destituídos de análise mais profunda ou conhecimento de determinado assunto.
Ao longo da história mundial, percebe-se inúmeros casos relacionados a este assunto, e, na maioria das vezes, desencadeiam em violência, mortes e mágoa.
Comecemos por um fato conhecido por todos: o tráfico de escravos da África para a América(Novo Mundo), cujo único intuito era explorar a mão de obra, sem recompensas (dinheiro para os negros).
Além disso, não precisamos ir muito longe. Em 1945, quando eclodiu a Segunda Grande Guerra, na Alemanha de Hitler, o mundo presenciou a morte de mais de 6 milhões de judeus.
Verificando todos estes exemplos, o que mais me assusta e creio eu, a todos, é que, mesmo com o passar de tantos anos, o preconceito ainda assola a nossa sociedade.
Esta semana, os chamados skinheads (termo em inglês que significa cabeça raspada), cujo objetivo é matar negros, gays e moradores de rua, mais uma vez atacaram.
Deixo aqui uma questão:
"Onde vamos parar com atitudes como essas?"
E eu mesmo respondo:
"Nas notícias de jornais, para incentivar um pouco mais aqueles que possuem uma predisposição para tal fato"
Uma lástima!

domingo, 10 de julho de 2011

Mudanças: necessárias ou não?




Quando diz-se novo milênio ou novo século, depreende-se desta palavra assustadora para uns e libertadora para outros uma mudança bastante nítida.
Quando falo isto, não me refiro a educação, saúde precária, violência urbana ou tráfico de drogas. Afinal, estes assuntos nunca morrem e não são e nunca serão resolvidos ou modificados, seja no governo FHC, Lula ou Dilma.
Menciono o vocábulo em questão para observarmos como o comportamento humano transformou-se.
Com o avanço da tecnologia, nota-se os gostos gerais(músicas, desenhos, video-games) em total transformação. Os pensamentos de adolescentes se atrasam devido a inúmeras informações ao mesmo tempo. Afirmo atraso, devido a linguagem chula, que linguistas teimam afirmar ser a nova linguagem, sendo utilizada ininterruptamente. Todavia, não vou entrar neste assunto com afinco. O que me chamou a atenção HOJE, em pleno domingo de sol radiante, porém de temperatura fria foi a "evolução", assim mesmo, entre aspas, dos tempos.
No ano de 2002, há nove anos, eu fiz quinze anos. Lembro-me que as festas de aniversário que comemoravam esta idade marcante para a menina eram simples, inocentes, com fotos ingênuas, entrada de príncipe, troca de boneca pelo sapato, dança da valsa com o pai e familiares.
Vejam hoje!!As fotos mais parece um ensaio para a Playboy do que um book de 15 anos. A festa é regada a bebidas, e o melhor som é: Você, você, você, você quer?

Retrocesso ou evolução???

É daí pra pior!